Referência de cores no mundo, veja quais as vantagens e possibilidades em seu projeto
Catálogo Pantone
O sistema de cores Pantone é uma classificação amplamente utilizada, principalmente, na indústria gráfica. A primeira paleta de cores foi desenvolvida em 1963, com destaque para as Guias Pantone, que consistiam em um grande número de pequenos e finos cartões impressos unidos em um pequeno livro, com uma série de cores associadas e divididas para conter um determinado número de padrões de um mesmo segmento. Dessa forma, a cor laranja, por exemplo, passava por uma variação de luminosidade, desde o tom mais claro ao mais escuro, e classificando-se em guias com números para especificar cada versão. Logo, com essa classificação, foi somente necessário solicitar determinado padrão seu código e reproduzir especificamente essa tonalidade, cujo produto final será exatamente o pretendido.
Nas últimas décadas, as cores Pantone foram aprimoradas e desenvolvidas em novos sistemas de cores para adaptá-los a outros segmentos da indústria, reproduzindo fielmente cada tonalidade nas áreas digital, têxtil, plástico e arquitetura, tanto para exterior, quanto interior, entre outras. A seleção e controle das cores para uma variedade de situações e possibilidades atende às necessidades de tonalidade de aplicadores, profissionais da construção, designers e indústria, no sentido de aprimorar cada vez mais essa importante modernização e categorização do sistema.
Os benefícios da escala Pantone, além da nomenclatura baseada em códigos, apresenta diversas vantagens em sua aplicação, como a garantia de cores constantes, criação de tons metálicos e fluorescentes e desenvolvimento de tonalidades que o sistema CMYK não consegue alcançar, lembrando que este último é um sistema de cores subtrativas formado por Ciano, Magenta, Amarelo (Yellow) e Preto (Black - "Key" - para não confundir com o "Blue" no padrão RGB). O magenta, mais amarelo produzirá vermelho, magenta mais ciano produzirá azul, e ciano, mais amarelo, produzirá verde.
Créditos: FuturaIM
Catálogo Ral
Um dos sistemas de cores mais usados no mundo, representa as colorações padronizadas e usadas na indústria, materiais, equipamentos e marcas existentes no mercado. O sistema RAL é um dos mais utilizados e foi desenvolvido na Alemanha, em 1927, por uma comissão que definiu as normas técnicas através da criação de uma coleção de 40 tons, denominado RAL 840, com o objetivo de padronizar a denominação de cores na indústria. Três anos depois, em 1930, o catálogo foi reformulado, recebendo a denominação RAL 840 R, o mesmo que, 31 anos depois, em 1961, foi novamente revisado conforme a incorporação de novas tonalidades e recebendo o nome de RAL 840 HR.
Em termos de padronização e fornecimento para a indústria em geral, as cores foram divididas em intervalos, tendo cada cor recebido um índice numérico único. Desde então, o catálogo introduziu constantemente novos padrões de cores seguindo as exigências do mercado, tendo hoje uma ampla linha de produtos destinados ao controle de reprodução na indústria, artes gráficas e sistemas digitais.
Atualmente a paleta de cores RAL apresenta apenas as cores utilizadas com mais frequência, pois as tonalidades exibidas podem diferir das cores reais do catálogo. Trata-se de uma referência desenvolvida como complemento das cores para projetos direcionados a aplicações mais específicas e sofisticadas. Para se ter uma ideia, o sistema RAL é considerado o preferido para projetos de aplicação em arquitetura, design, agências de publicidade, entre vários outros, pois fornece mais de 1.600 cores em harmonia com matiz, luminosidade, e pureza, sendo a linguagem de comunicação mais utilizada a nível internacional em muitas áreas da indústria, comércio e design no esclarecimento de tons e sua intensidade.
Catálogo Munsell
Criado pelo professor Albert H. Munsell, na primeira década do século XX, o sistema de cores que leva seu nome descreve as tonalidades com muita precisão de cada padrão. Trata-se de um sistema de organização de cores e percepção uniforme, que possibilita um acerto tridimensional da coloração em um espaço cilíndrico de três eixos, permitindo especificar uma determinada tonalidade através de três dimensões.
Os conceitos de luminosidade, matiz e pureza empregados por Munsell na definição de uma cor são até hoje utilizados como referência universal, inclusive, dando origem a nomes de tonalidades como HSV, HLS, HSB, entre vários outros.
Para se ter uma ideia melhor, o matiz é disposto no eixo circular e a saturação no eixo radial. Já a a luminosidade está no eixo vertical. A dimensão da cor se obtém através de um parâmetro de cor consistente em cinco tonalidades conhecidas como "base" e outras cinco como "secundárias":
Vermelho (R),
Amarelo (Y),
Verde (G),
Azul (B),
Violeta (P)
Laranja (YR),
Verde-amarelo (GY),
Azul-Verde (BG),
Azul-violeta (PB),
Vermelho-violeta (RP).
Desta forma, o parâmetro V (value) ou luminosidade, variará de 0 a 10, sendo que 5 é o valor médio e 10 é o branco. Já o parâmetro C (chroma) ou saturação variará de 0 a 12, ou mais. Em outras palavras, em uma cor há que listar os três números para tonalidade, valor e croma, nessa ordem. Por exemplo, um roxo de leveza média e bastante saturado seria 5P 5/10 com 5P, significando a cor no meio da faixa de tons roxos, 5/ significando um valor médio (leveza) e um croma de 10.